quinta-feira, 15 de maio de 2008

É ESTA A SEGURAMÇA QUE TEMOS

Mais de mil polícias foram agredidos no ano passado em serviço e apesar das agressões terem diminuído face a 2006, continuam a ser consideradas «motivo de preocupação», refere o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI).

«Registaram-se 1.038 agressões a agentes de autoridade, o que, uma vez mais, é motivo de preocupação, dado que, neste plano, está também em causa a autoridade do Estado. Contudo, e em comparação com o ano anterior, verifica-se um decréscimo de 145 agressões», diz o RASI, que é apresentado sexta-feira na Assembleia da República pelo ministro da Administração Interna, Rui Pereira.

O PortugalDiário solicitou junto do gabinete de imprensa do MAI o acesso ao RASI, no entanto, fonte do gabinete adiantou que só amanhã este documento irá ser tornado público, apesar de o prazo para a sua publicação ter terminado a 31 de Março.

17 polícias com ferimentos graves
O documento salienta que ao longo do ano passado, 552 elementos das forças de segurança ficaram feridos em consequência de agressões durante o exercício das suas funções, mas não necessitaram de receber tratamento hospital. Em resultado da actividade das forças de segurança, não se registou qualquer vítima mortal nos polícias, enquanto em 2006 tinha havido duas mortes. No ano passado, 17 polícias sofreram ferimentos graves e 469 ligeiros durante o trabalho policial.

O Relatório Anual de Segurança Interna refere igualmente que 1.106 efectivos, 853 na GNR e 253 na PSP, saíram daquelas duas forças de segurança. Em contrapartida entraram 1.045 novos elementos, dos quais apenas 29 se destinaram à GNR. De acordo com o RASI, em 2007 verificou-se um decréscimo no conjunto do efectivo das forças de segurança de menos 61 elementos.

60 vítimas de violência doméstica por dia
No ano de 2007, as forças de segurança obtiveram «um novo recorde» de ocorrências de vítimas de violência doméstica, registando 21.907. Este número representa um aumento de 6,4 por cento relativamente ao ano de 2006.

A grande maioria das ocorrências registadas dizem respeito à violência exercida sobre cônjuges (81 por cento), sobretudo praticada por homens contra mulheres, esmagadoramente com idades entre os 25 e os 64 anos.

Assaltos a Correios aumentam 23 por cento
Segundo o relatório, um dos crimes violentos que aumentou no ano passado, para além do carjacking que aumentou 34 por cento, como o PortugalDiário avançou em primeira mão, foi o de roubos a tesourarias ou estações de correios, que aumentou 23 por cento face a 2006.

Também os casos de roubo a postos de abastecimento de combustíveis registaram um aumento de 222 para 241, assim como os casos de furto e roubos por esticão (de 5.378 para 5.424).

O Relatório Anual de Segurança Interna de 2007, a que a Agência Lusa teve acesso, revela, igualmente, que a criminalidade participada registou um ligeiro aumento, mais 526 casos relativamente ao ano de 2006. No ano passado foram participados às forças de segurança - GNR, PSP e PJ - 391.611 crimes, o que dá uma média de mais de 1.070 crimes por dia em todo o país.

Tráfico de armas aumenta 19 por cento
Os crimes contra a vida em sociedade, que representam 11 por cento da criminalidade participada, registaram no ano passado um acréscimo de 6,1 por cento. No âmbito desta categoria, o crime de detenção ou tráfico de armas proibidas registou uma subida de 19,7 por cento.

O RASI de 2007 mostra, também, que a delinquência juvenil diminui 3,6 por cento relativamente ao ano transacto, correspondendo a menos 166 registos. De acordo com os dados do Relatório de Segurança Interna, o número de casos registados de delinquência juvenil em 2007 foi o mais baixo desde 2001, ano a partir do qual se dispõe de dados conjuntos das forças de segurança.

1 comentário:

São disse...

De fugir, não é?
Saudações.