Caiu-me o mundo em cima quando o médico me leu o veredicto. Achei que aquilo não podia estar a acontecer-me embora, depois de reflectir, pense que fui muito ingénuo e desprevenido.
A aventura fácil e o prazer do momento podem pagar-se bem caro. Tão caro que quase dariamos a vida para não o termos feito. As relações desprotegidas são fruto da ideia de que um infectado pelo HIV deve ter no rosto uma qualquer característica que o identifique. Pura ilusão. O infectado pode ser a pessoa que partilha a nossa vida diária e que nós, pensado conhecer, desconhecemos.
Agora tenho medo. Confesso que estou completamente aterrorizado.Não consigo conviver com a ideia que apressei o meu fim e que esse fim pode trazer sofrimento.
Paro e penso. Alguém me estende a mão e a aperta. Está um dia de sol e afinal não morri. Afinal até posso viver e até me posso curar, quem sabe. Acredito que a ciência evolua. Na era dos transplantes um amigo meu, que se achava condenado, fez uma cirurgia que lhe restituiu a vida com qualidade.
O que preciso mesmo é acreditar que tenho vida e que o meu problema não é pior que muitos outros só porque é meu. Ainda tenho mãos para construir e um coração que bate e ama. E ainda posso ser amado.
A aventura fácil e o prazer do momento podem pagar-se bem caro. Tão caro que quase dariamos a vida para não o termos feito. As relações desprotegidas são fruto da ideia de que um infectado pelo HIV deve ter no rosto uma qualquer característica que o identifique. Pura ilusão. O infectado pode ser a pessoa que partilha a nossa vida diária e que nós, pensado conhecer, desconhecemos.
Agora tenho medo. Confesso que estou completamente aterrorizado.Não consigo conviver com a ideia que apressei o meu fim e que esse fim pode trazer sofrimento.
Paro e penso. Alguém me estende a mão e a aperta. Está um dia de sol e afinal não morri. Afinal até posso viver e até me posso curar, quem sabe. Acredito que a ciência evolua. Na era dos transplantes um amigo meu, que se achava condenado, fez uma cirurgia que lhe restituiu a vida com qualidade.
O que preciso mesmo é acreditar que tenho vida e que o meu problema não é pior que muitos outros só porque é meu. Ainda tenho mãos para construir e um coração que bate e ama. E ainda posso ser amado.
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